quinta-feira, 31 de maio de 2012

você precisa

você precisa saber da piscina, mesmo que não sinta calor. 
você precisa saber da aspirina, mesmo que não sinta dor.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

cortador de grama

há sempre um cortador de grama trabalhando. tenho a impressão de que essas máquinas são escravas. não acredito que não tenham um dia de folga... penso nas redes ao vento enquanto elas grunhem, e sinto o cheiro da morte. 

daqui de baixo é aflitivo ver o horizonte se expandindo. é muito triste isso. (eu sou um inço). 

textos

Acordo muito cedo porque gosto de escrever no silêncio. Enquanto todos dormem, eu presenteio o mundo com o som das teclas do computador. Mas antes, tomo dois cafés sem pensar em nada. Só depois fumo um cigarro gestando estórias. Quando elas tomam corpo, eu as vomito. A primeira vem com cheiro de café. As demais vêm misturadas com pão. 

"casa"

A vida é bela quando se tem sonhos divididos, quando há planos que se projetam para fora do papel. Foi isso que Laureta concluiu depois de encontrar a palavra "casa" pendurada na porta da geladeira. 

então...

acordou espremida entre dois cachorros. o edredom estirava-se, maneando suas pernas. olhou para o teto. dormiu de novo. sonhou que era uma múmia. 

ao acordar, estenderia o sarcófago no sol. para quarar. 

o amor é como um livro

Na pele em que via rugas, cicatrizes e pêlos brancos, agora vê o tempo, rastros, lugares e histórias. 

Rosa reconheceu o amor no corpo do outro. Parou de arder. Tornou-se mansa e revelou-se uma boa leitora. 

O mapa virou livro.

E Rosa nunca mais se perdeu.

sábado, 5 de maio de 2012

mudanças do blogger



Achei muito chatas as novas mudanças do blogger. Fez-se um direcionamento forçado para as novas configurações de layout e postagens. O usuário é levado a dar voltas e voltas antes de chegar onde deseja. Penso que o conteúdo criativo, para a maioria das pessoas e não apenas  para mim, tem pressa em ser instalado. 



Sem delongas nem rodeios nem floreios: 
baita sacanagem meterem assim o bedelho.



[Dizem os escrevedores que a crônica dá mais ibope que a ficção. Veremos.]