quarta-feira, 6 de junho de 2018
2017
no ano de 2017 eu não escrevi. e não li. mas criei filhos, cozinhei e não dormi. doei todo o meu tempo, e desliguei as palavras - pra ficar só o gesto, o barulho e o silêncio do léxico.
nós
resistindo em estado de contigência: as plantas espontâneas e eu, a geminiana. nós, mães de outras. nós, que desbravamos o caminho sem a certeza do como, do passo e do resto. nós, num acontecimento épico, assistentes do solo que emoldura o gesto.
o começo
eu não sei por onde começar. então começo sem saber, começo pelo descomeço. tem gente que diz que eu já comecei, e eu também às vezes me digo isso.
então eu ando pelo pátio, sobre as pedras do chão de mato. eu vou e eu volto. diversas vezes, sem calcular. e cada vez que volto, volto diferente.
mas sem o começo.
então eu ando pelo pátio, sobre as pedras do chão de mato. eu vou e eu volto. diversas vezes, sem calcular. e cada vez que volto, volto diferente.
mas sem o começo.
(o meu andar está o tal começo: é só isso que hoje ele é. por ora, o único caminho).
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