terça-feira, 16 de abril de 2013

outros olhos e sintos [para pf]

Hoje passeei por pf com outros olhos e sintos. 

Estou começando a gostar da cidade.


Consegui rir do trânsito, da sua concepção singular, egoistamente regional - lombas tríngremes que desembocam em sinaleiras fechadas ou numa placa de pare para não matar ou morrer, mãos únicas repentinas e improváveis, semáforos antipáticos à moda ampulheta, motoristas mal educados ouvindo música sertaneja (no volume máximo), faixas amarelas vetadas a qualquer parada, absoluta inexistência de vagas para estacionar.


(Minha descrição do trânsito de pf alcança, pela primeira vez, um certo grau de compaixão. Eis um começo - e pelo que mais detesto: o trânsito. Eis a purga - e o resto: o encontro.


G. Freud talvez dissesse que esse começo aconteceu (acomeçou) porque estive numa livraria. E porque completei o ritual: andei em câmera lenta lendo as lombadas todas, sem saber o que buscava e encontrei! - livros raros, edições esgotadas, Manoel de Barros e um desconhecido no qual esBarrei. 

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