Hoje passeei por pf com outros olhos e sintos.
Estou começando a gostar da cidade.
Consegui rir do trânsito, da sua concepção singular, egoistamente
regional - lombas tríngremes que desembocam em sinaleiras fechadas
ou numa placa de pare para não matar ou morrer, mãos únicas repentinas
e improváveis, semáforos antipáticos à moda ampulheta, motoristas mal
educados ouvindo música sertaneja (no volume máximo), faixas amarelas vetadas a qualquer parada, absoluta inexistência de vagas para
estacionar.
(Minha descrição do trânsito de pf alcança, pela primeira vez, um certo grau de compaixão. Eis um começo - e pelo que mais detesto: o trânsito. Eis a purga - e o resto: o encontro.
G. Freud talvez dissesse que esse começo aconteceu (acomeçou) porque estive numa livraria. E porque completei o ritual: andei em câmera lenta lendo as lombadas todas, sem saber o que buscava e encontrei! - livros raros, edições esgotadas, Manoel de Barros e um desconhecido no qual esBarrei.
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