sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Cientista [1986]

[ou: A infância nos anos 80; ou: Aprendendo a usar o ponto e vírgula]

Quando criança eu constumava sonhar com o futuro; heróis espaciais, planetas e estrelas. Meu mundo era como o de toda a criança; os brinquedos, os mesmos; mas o futuro estava tão próximo que era possível imaginá-lo em detalhes. No meu quarto bagunçado havia naves espaciais, foguetes e pistolas a laser espalhados pelo chão. Na parede, havia desenhos feitos por mim e figuras retiradas de revistas. Tudo muito espacial; tudo muito especial. Na adolescência as coisas não mudaram muito, mas comecei a estudar o assunto. Já adulto, tornei-me um cientista e inventei uma nave espacial capaz de viajar por toda a galáxia. Como deu para notar, sou um sonhador. Não sei se terei sucesso nesta ida à Lua, mas para mim será muito importante, porque pisar na Lua sempre foi o meu sonho.



obs. "quando criança...", sendo que eu escrevia aos doze.    


[detalhes do processo ou coincidências fantásticas: Este texto foi originalmente escrito em 1986, aos meus 12 anos de idade. Ao reproduzí-lo aqui, enquanto eu escrevia "pisar na Lua", Jorge Ben cantou no rádio: "Depois que o primeiro homem/Maravilhosamente pisou na lua/Eu me senti com direitos, com princípios/E dignidade/De me libertar", pedindo calma ao brother Charles].      

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