segunda-feira, 28 de novembro de 2011
qualquer coisa nº757
Adentrou a sala como se fosse um avião, um tubarão aéreo, um gavião. Estava assustado e tinha os olhos parecidos com os teus: castanhos e curiosos. Corri atrás daquele ser avoado tentando ajudar. Foi em vão. Só atrapalhei. Ele parou ofegante e desajeitado em frente à janela fechada. Eu não sabia se abria a basculante ou se me afastava. Fiquei segundos infinitos nesse dilema, com minha presença desesperando o bicho. Foi então que veio o cachorro, pronto para abocanhá-lo. Eis que e ainda bem, meu braço, sozinho, baixou a alavanca e lhe devolveu o jardim. Era um sabiá cagão. Ele cagou até em mim. Fim.
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