segunda-feira, 10 de outubro de 2011

melancholia

uma tristeza vaga está crescendo. uma saudade incerta só aumenta. não adianta correr. não adianta se esconder. não adianta fugir. não adianta nada. acontecerá na hora exata. nem antes nem depois. não adianta. e só terminará no fim. em todo lugar. irão pelos ares a natureza e a arte. a família e o amor ficarão no azul. (só a matéria não escapa).   






[Ontem assisti Melancholia, do Lars Von Trier. A câmera dele sempre me causou sentimentos indefiníveis, que se traduzem em algo parecido com lamento e pesar. Por que gosto dos seus filmes? Talvez porque seja o que dizem. Que é bom exercitar sentimentos dormentes, vasculhar cantinhos inexplorados da gente, vestindo a pele do outro. É comovente perceber que a dor da vida na Terra é bela. Porque trágica. Em maior ou menor grau, para todos. E tem mais: é confortante reconhecer que somos únicos porém idênticos. Não adianta.]

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