O eu está na moda. Com as redes sociais o eu ganhou um palco infinito. O eu é sempre o mais feliz e o mais bonito. O eu cresceu tanto que está difícil ver o outro. O eu é o maior e o resto é pouco. Ficou demodê ser tímido.
Há, não por acaso, a proliferação de palavras com prefixo "auto". A mais nova classificação de gênero para obras literárias é a "autoficção". Para os formalistas, talvez os textos desse blog estejam incluídos nessa categoria. Mas, para mim, não.
O meu eu é mentiroso e nada nítido, a coisa mais horrível.
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