sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

dli... tz-on


Dli.... tz-on.

Nada sobrou do que um dia foi a casa de Marina, nem a campainha. Ela está no apartamento e abre a porta para o síndico.

- Como tu tá, Marina?
- Vazia como era a minha geladeira. Mas leve.
-  Complicado.
- Simples mas difícil, eu diria.
- Lamento...
- Não precisa. Era para ser. 
- Se precisar de ajuda, conta conosco.
- Agradecida.

Do pouco que há nesse local enegrecido, Marina pega apenas um "ex-computador", seus cristais de estimação, uma frigideira (que já era carvão antes do incêndio), um frasco de perfume e papéis incinerados.

Vai morar na casa do Jorge, amigo que divide com ela até as roupas. Não fossem os peitos, teriam o mesmo corpo. É uma recém-nascida de trinta anos, recém saída do terceiro casamento e professora do jardim de infância. 

A história de Marina começa aqui - o antes era prólogo, prelúdio.

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