domingo, 29 de janeiro de 2012

banho de sol (delícia, delícia)

nem sempre foi branca feito um papel não-reciclado. até os dezesseis anos tomava sol adoidada para ficar negona. desde então, nunca mais. um mero raio solar matutino já lhe causava ojeriza, repulsa. ela agia como um mosquito fugindo do inseticida. seu traje de praia era vestidão e chapéu de abas largas. parecia uma gringa.

eis que tudo mudou. em plena era da campanha contra os raios UVB, ela resolveu pegar um bronze. se jogou numa cama improvisada e botou o bundão de cara para o sol. passado algum tempo, estava como desejara: tostada. suas endorfinas enlouqueceram de alegria e chamaram novas colegas para compor o elenco!

com a tez vermelha-tomate, sentiu seu corpo todo pulsar: ele estava vivo e faria recém dezessete anos.    

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