quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Forno Alegre

Acordei às cinco e meia da manhã. Naturalmente. Vim escrever. 

Acho que meu corpo é mais sábio que minha mente. Sabe o que quer e quando. E quanto e como. Depois das dez horas o calor é tão insuportável que ele (corpo) desperta mais cedo para trabalhar. Quando a cidade estiver fervilhando, ele (corpo) estará estirado e imóvel na frente do ventilador. 

Viver em Forno Alegre em janeiro-fevereiro-e-março é como passar uma  temporada dentro da panela de pressão - ou numa sauna à vapor (sendo fina), sobre o mármore do inferno (sendo trágica), imersa na cuia de chimarrão (sendo gaúcha), em cima da chapa quente (sendo brasileira). 

São seis horas e cinquenta e sete minutos mas meu corpo avisa minha mente que não adianta ir à padaria. O padeiro não sabe que nessa época do ano não se trabalha só a partir das oito. Acho que ele precisa de ginástica. E que um pouco de leitura não viria mal.

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