sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ao jardim de mato

os inços insistem. querem colorir o pátio, pintá-lo de verde. eu os observo. e penso. se eu arrancá-los, eles somem para sempre. mas outros nascerão no lugar vazio. se eu podá-los, eles viram árvore. e precisarei de uma serra elétrica. desde que não abriguem ratos ou cobras, está tudo certo.  eu só observo. e penso. se eu deixar tudo como está, como será?

está tudo verde lá fora. o mato cresceu muito com as chuvas. me assusta a eficiência com que ele invade a casa. não gosto de fechar as janelas. nem quando chove.

conviver é uma arte. sim. é. 

querido jardim de mato, seja delicado. não se vingue em mim. eu nem cheguei a desmatar o mundo. estou só observando. e pensando. mas se vieres para dentro de casa, me leva para cima, para o castelo do gigante. pois quero encontrar João. antes que cheguem as caturritas.



as carturritas... eu as observarei.  e não pensarei em nada.

elas chegam em abril.

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