Helena chamava-se Heitor. Mudou de sexo. Melhor: conquistou seu sexo, apropriou-se de si mesma. Sem pinto, ela agora está inteira. Pode usar sem constrangimentos a mini-saia justa que já é a sua segunda pele.
Nesta manhã não foi trabalhar. Acordou e foi ao shopping. No reflexo da porta automática, percebeu-se muito alta. Mas no espelho do banheiro feminino, reparou que está mais bela.
Feita a constatação, comprou meia-calça e perfume. Hoje é dia de jantar com Heitor, seu novo namorado. Um homem com h maiúsculo que diz que coincidências não existem.
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