Lívia nunca invejou as amigas que têm a sorte de um amor tranqüilo. Invejava as que tinham a sorte de um pau-amigo. E por muito tempo foi assim. Examinava sua agenda telefônica, sua lista de contatos no MSN, seus amigos do ORKUT, e não encontrava “alguém possível” para desempenhar esse papel.
Porém, só agora Lívia entendeu o verdadeiro sentido da expressão que por tanto tempo foi objeto de seu desejo: acordou ao lado de Marcelo, colega de trabalho que a partir de então virou amigo. Por um breve instante Lívia chegou a lamentar a própria falta de imaginação. Mas logo aninhou-se ao corpo do amigo, e dormiu de conchinha sentindo inveja de si mesma.
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