Aos oito anos de idade Paula aprendeu que a vida é muito maior que seu quarto, muito melhor que picolé chicabom e muito mais importante que o seu diário. Isso aconteceu porque sua melhor amiga morreu. Morte súbita, antes de completar uma idade de dois dígitos. Paula chorou, Paula sofreu, Paula odiou, Paula teve medo.
Mas com o passar do tempo, Paula fez as pazes com a dor. Voltou a sorrir e tornou-se mais corajosa. Tudo isso conscientemente.
Hoje, aos dezoito anos de idade, Paula já sabe que no vazio da morte sempre nasce alguma coisa. E que somos nós quem cuidamos dela.
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